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A mulher possui a liberdade de procurar outros destinos além daqueles que lhes são impostos pela biologia reprodutiva?

No livro "O Conto da Aia", a liberdade da mulher em relação à sua biologia reprodutiva é severamente reprimida. O regime teocrático de Gilead impõe às mulheres férteis, as Aias, o papel exclusivo de procriadoras, negando-lhes qualquer outra possibilidade de destino.

Um trecho que ilustra essa negação da liberdade é a fala da Tia Lydia, uma das instrutoras das Aias:

"Vocês não são concubinas, vocês não são geishas. Vocês são vasos sagrados, cálices ambulantes. Sua função é procriar, e nada mais."

Essa fala demonstra como a sociedade de Gilead reduz a mulher à sua capacidade reprodutiva, negando-lhe a possibilidade de buscar outros caminhos e aspirações. A biologia é transformada em destino, e qualquer desvio dessa norma é severamente punido.

Outro trecho que reforça essa ideia é o momento em que Offred, a protagonista, reflete sobre sua vida antes de Gilead:

"Eu tinha uma vida antes. Um emprego, um marido, uma filha. Agora sou apenas um útero com pernas."

Essa reflexão de Offred revela a perda de identidade e autonomia das mulheres em Gilead. Elas são despojadas de seus nomes, de suas carreiras, de seus relacionamentos, e reduzidas a meros instrumentos de reprodução.

Em suma, "O Conto da Aia" apresenta um cenário em que a mulher não possui a liberdade de buscar outros destinos além daqueles impostos pela biologia reprodutiva. A sociedade de Gilead impõe um papel rígido e limitante às mulheres,negando-lhes a possibilidade de escolha e autonomia.


PROPOSTA DE REDAÇÃO - UERJ


A mulher possui a liberdade de procurar outros destinos além daqueles que lhes são impostos pela biologia reprodutiva?

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