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O que pode levar uma mulher a não ver em si mesma mais do que seus atributos biológicos?

Em "O Conto da Aia", a sociedade de Gilead impõe uma visão reducionista da mulher, valorizando-a apenas por seus atributos biológicos, especialmente a capacidade de reprodução. Essa doutrinação constante e a opressão sistemática levam muitas mulheres a internalizar essa visão distorcida de si mesmas.

Um trecho que ilustra essa internalização é a fala de Offred, a protagonista, ao descrever a si mesma:

"Eu sou um útero com duas pernas, um útero ambulante. [...] Minha função é procriar."

Essa autodescrição chocante revela como Offred se vê reduzida à sua função reprodutiva, desprovida de outros atributos e aspirações. A constante repetição dessa mensagem por parte do regime e a ausência de outras narrativas sobre a mulher contribuem para essa percepção distorcida.

Outro trecho que reforça essa ideia é a fala da Tia Lydia, uma das instrutoras das Aias:

"Vocês não são concubinas, vocês não são geishas. Vocês são vasos sagrados, cálices ambulantes. Sua função é procriar, e nada mais."

Essa fala demonstra como a sociedade de Gilead nega às mulheres a possibilidade de se enxergarem além de seus corpos e de sua função reprodutiva. A doutrinação constante e a opressão sistemática moldam a autoimagem das mulheres,levando-as a se verem apenas como objetos de reprodução.

Em suma, a combinação de doutrinação, opressão e ausência de outras narrativas sobre a mulher contribui para que muitas mulheres em "O Conto da Aia" internalizem a visão reducionista imposta pela sociedade, passando a se enxergar apenas como objetos de reprodução e não como seres completos e complexos.


PROPOSTA DE REDAÇÃO - UERJ


O que pode levar uma mulher a não ver em si mesma mais do que seus atributos biológicos?

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