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O que um estado de opressão estrutural e vigilância constante por parte do Estado causa no ser humano?

Em "O Conto da Aia", o estado de opressão estrutural e a vigilância constante do Estado em Gilead causam profundos impactos nos indivíduos, transformando suas relações, comportamentos e até mesmo seus pensamentos. Um trecho que ilustra essa realidade é a descrição da sociedade pelos olhos de Offred:

"Em Gilead, não há segredos. Os Olhos estão em toda parte, observando, escutando. [...] Aprendemos a sussurrar, a esconder nossos pensamentos, a dissimular nossos sentimentos. Aprendemos a viver com medo."

Este trecho revela como a vigilância constante cria um clima de medo e paranoia, onde as pessoas se sentem vigiadas o tempo todo, limitando suas ações e expressões. O medo se torna um mecanismo de controle, moldando o comportamento das pessoas e impedindo qualquer forma de dissidência.

Outro trecho relevante é a reflexão de Offred sobre a perda da individualidade:

"Não somos mais indivíduos, somos funções. Somos Aias, Esposas, Tias, Marthas. Nossos nomes foram apagados, nossas identidades foram roubadas. Somos apenas peças de um sistema."

A opressão estrutural em Gilead desumaniza as pessoas, reduzindo-as a funções sociais e negando suas individualidades.Essa perda de identidade causa um profundo sofrimento psicológico, alienando as pessoas de si mesmas e de suas próprias vontades.

Além disso, a opressão e a vigilância levam à desconfiança generalizada e à fragmentação das relações sociais. As pessoas temem se expressar abertamente, pois qualquer palavra ou gesto pode ser interpretado como traição. A solidão e o isolamento se tornam a norma, dificultando a formação de laços de confiança e solidariedade.

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