top of page

O ser humano só valoriza a liberdade quando a perde?

Em "O Conto da Aia", a perda da liberdade é um tema central, e a obra ilustra como a supressão gradual dos direitos pode passar despercebida até que seja tarde demais. Um trecho que reflete a ideia de que a liberdade só é valorizada quando perdida é a reflexão de Offred sobre o passado:

"Lembro-me dos dias em que podíamos ir e vir como queríamos, usar o que quiséssemos. Lembro-me da liberdade de escolher. Mas na época, não valorizávamos essas coisas. Eram banais, cotidianas. Só agora, quando não as temos mais, percebemos o quanto eram preciosas."

Essa passagem demonstra como a liberdade, quando presente, pode ser tomada como garantida. A rotina e a familiaridade com os direitos individuais podem levar à complacência, impedindo que as pessoas percebam a fragilidade dessas conquistas. É apenas com a perda da liberdade que sua importância se torna evidente.

Outro trecho relevante é a conversa entre Offred e Ofglen, outra Aia, sobre o tempo antes de Gilead:

"- Você se lembra de quando podíamos ir ao cinema? - Lembro. - E de quando podíamos ler o que quiséssemos. E de quando podíamos amar quem quiséssemos."

Essa conversa nostálgica evidencia como a perda da liberdade afeta todos os aspectos da vida, desde o lazer e a cultura até os relacionamentos e a expressão individual. A lembrança do passado serve como um lembrete doloroso do que foi perdido e do valor da liberdade que antes era desfrutada sem a devida apreciação.

8 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page